Hoje me ocorreu diante de algumas observações que algumas pessoas buscam externar elementos, para se apresentar dentro de um rótulo do espiritualista. Não sei se por conta de morar em uma cidade essencialmente mística, vejo que alguns precisam se dizer espiritualizado. Mas noto que isto está mais presente nas roupas que vestem, nas falas ocasionais entre os grupos do paz e amor, no eu sou da luz, assim como nas músicas que ouvem ou tocam. Porém o que é mesmo ser uma pessoa dotada de nível espiritualizado? Penso que não tem nada a ver com o espiritual da doutrina. Noto que há até superficialidade, ou “moda” nesta rotina. Está na moda a pessoa dizer que largou tudo, para viver em uma sociedade mais livre e alternativa, nisto posto pode-se dizer que se trata de um ser especial e iluminado? Acho que é um bom tema para uma reflexão mais profunda: o que seria um ser iluminado entre os pobres mortais nesta Terra? O quanto estamos nos rotulando, fazendo discursos de algo que no fundo, no fundo, não somos? Muito mais do que o discurso são as nossas atitudes. Estou errada? Penso que é um bom mecanismo de auto conhecimento em se verificar o quanto o nosso discurso está de acordo com a nossa fala. E eu me incluo nisso…Já vi pessoas que ficam o dia todo, tocando e ouvindo som alto de músicas que parecem transcendentais, no entanto, o nível de agressividade e de reatividade delas contra outros é muito alto. Estabelecer referências efetivas, que podem resultar em mudanças que geram ganho de energia, vejo que é algo muito mais complexo do que pensamos. Até porque ninguém engana por onde o movimento das grandes forças se encontram. Penso que seria fruto de um auto engano acreditar nisso. E isto não se justifica perante as leis universais, por onde as energias se unem pela sintonia. E esta ideia se apoia também para a busca do contato entre seres de qualquer natureza extraterrestre. Porque quando alguém navega somente em águas rasas, dificilmente irá se sentir confortável em ir navegar na direção de outras águas profundas algum dia.
Gilda Silva