Penso que é muito importante que tenhamos aqui um espaço não dogmático e que não pretende condicionar e nem tampouco jurar as verdades veiculadas, por isto tomamos o cuidado sempre de dizer que as nossas “verdades” são segundo o nosso ponto de vista, segundo a nossa percepção, segundo o que os nossos contatos nos dizem e é bem por aí que devemos nos colocar e isso é muito saudável, considerando que entre nós não há nenhum guru, e não queremos fazer romarias.
Mas gostaria de dizer que “a verdade” também evolui junto conosco, a expansão de consciência, além do despertar desta, também nos leva para além de muitos conceitos que vão ficando para trás, então, às vezes, o que não conseguimos comprovar só serve para o que chamamos de sentir aquilo como verdade ou não, isto é algo a que devemos ser muito fiéis, aquilo que sentimos deve ser a nossa bússola, não devemos acreditar em tudo o que nos chega, mas refletir sobre e, somente depois, fazer os experimentos onde cabe e onde o elo fecha nos nossos conhecimentos.
Ter liberdade é tudo em meio a um ciclo de tanta informação veiculada; às vezes elas chegam com ruídos não perceptíveis a primeiro momento e podem ficar assim uma vida toda. Então, hoje, gostaria de dizer que quem estuda a espiritualidade precisa se projetar para além das paredes que nos cercam, para além da vibração que muitos livros carregam, ir além e para dentro de nós mesmos e sentir acima de tudo a qualidade da luz que nos chega.
A história da humanidade diz que os grandes navegadores tiveram que enfrentar os dragões que de certo existiam em águas profundas dos mares e deveriam enfrentá-los e que ainda haveria um final onde o Oceano acabaria engolindo a todos; portanto, posso afirmar que enfrentar os nossos medos, as nossas dúvidas e incertezas tem um caminho, mas certamente a nossa intuição é a melhor conselheira e a nossa maior verdade.
(Gilda Santos)